quarta-feira, 20 de julho de 2011

Motivação no Ambiente de Trabalho

Falta de motivação na maioria das vezes é sinônimo de necessidade de mudança




Toca o relógio, são sete horas da manhã. Ao invés de levantar com todo pique para começar mais um dia de trabalho, você acorda e começa a pensar que terá que encarar mais uma vez o seu chefe, aqueles mesmos colegas e fazer coisas que detesta, já contando as horas para o dia passar. Apesar de comum, se essa for uma situação constante é melhor começar a repensar a sua vida profissional.

A falta de motivação leva muitos profissionais a repensarem a sua carreira profissional, mudar de emprego com certa frequência é um fato na atualidade. Entretanto, é preciso se perguntar se esse é o momento certo para deixar um emprego e se dedicar a outro ou iniciar um novo projeto. Ou então, você pode encarar o trabalho e tentar uma mudança de dentro para fora, já que isso pode apenas ser um momento de tensão na sua vida.

De acordo com a consultora Patrícia Argôlo, vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Seccional Bahia, antes de partir para uma solução mais extrema, como pedir demissão ou criar conflitos internos, o profissional deve melhorar sua produtividade, reduzindo o absentismo e aumentando a sua satisfação e compromisso no trabalho, identificar também os motivos que o levaram a tal ponto e as possibilidades de reverter essa situação. "Algumas vezes esse profissional está passando por um momento de tensão ou está se sentindo desvalorizado na empresa" Trabalhadores precisam sentir, não só que a sua contribuição é importante dentro do trabalho da empresa, mas que esta importância é reconhecida. Mostrar-se superior a tudo isso e tentar mudar é  uma das opções", aconselha ela.

Indicadores do mercado de trabalho revelam que muitas empresas preocupadas com a qualidade de vida dos seus funcionários, buscam criar fatores que os motivem, trazendo reconhecimento profissional, satisfação e treinamentos contínuos. Mas a principal dica é: se a organização em que você trabalha não é assim, busque motivações internas que tragam novamente o gosto pelo seu trabalho, crie novas tarefas que lhe dêem prazer, troque experiências com outros profissionais, criando estímulos que tragam bem estar. A partir daí a motivação externa pode se tornar uma conseqüência dos fatores internos.

Especialistas do setor de recursos humanos e gestão de pessoas sugerem que a mudança não precisa ser feita apenas com a troca de empresa, mas deve começar dentro de si e acreditando no seu potencial como profissional. "Mas uma coisa é certa: se você se sente infeliz e não vê mais perspectivas de desenvolvimento profissional já está na hora de partir para novos desafios e oportunidades. Procure uma empresa que se enquadre no seu perfil e atenda aos seus objetivos profissionais", indica a consultora.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

10 Formas de crescer no emprego

 

1 – Crie o hábito de pensar

Procure dedicar alguns minutos de seu tempo, diariamente, para pensar e refletir sobre você mesmo, sua carreira, a empresa em que trabalha e suas relações com as pessoas que o cercam e com o planeta. Preferencialmente, estabeleça também o hábito de anotar esses pensamentos. Vale a pena escrever tudo o que vier à sua cabeça, mesmo que seja algo improvável ou que você considere insignificante. De vez em quando, releia as anotações passadas e refliita sobre elas: suas ideias continuam pertinentes? Você mudou seu jeito de pensar? Por quê?
 

2 – Trace seus objetivos

Já que você está com papel e caneta nas mãos, que tal fazer uma lista de seus objetivos e do que é necessário fazer ou ter para alcançá-los? Organize-se e planeje, assim, tudo fica mais fácil e lógico. Mas não queira conquistar tudo de uma só vez. Em vez disso, estabeleça metas realistas, comprometendo-se com o que é mais importante ou mais urgente.
 

3 – Não desperdice as oportunidades

Muitas oportunidades estão soltas por aí para o primeiro que as pegar. Fique atento e aberto às oportunidades que aparecerem pela frente e tenha calma para selecioná-las. Mas não se esqueça: saber calcular riscos e avaliar as possibilidades, de modo a controlar os resultados esperados, é tão importante quanto ser corajoso!

4 – Fique atento às pessoas

Preste atenção ao seu redor. Aprenda a observar, perguntar e ouvir. Mantenha sua rede de contatos sempre atual, em constante funcionamento. Hoje, os contatos são tão importantes quanto a carteira de clientes. Por isso, vale a pena pertencer a associações e estreitar alianças com o maior número de pessoas possível, por meio de fornecedores, clientes e amigos. Então invista!
 

5 – Crie o hábito de ter ideias

Procure pensar em soluções completamente diferentes para os problemas e dúvidas que você tiver. Para ter uma ideia, colha informações e dados a respeito do problema ou da dificuldade e anote, sempre, as soluções que forem surgindo. Fale com você mesmo sobre a ideia, pois seu subconsciente pode encontrar soluções inimagináveis e eficazes. Da mesma forma, experimente fazer seu trabalho de maneiras diferentes. Mude o jeito de encaminhar as coisas, procure alternativas para simplificar tarefas, crie novos procedimentos. 

6 – Cuide da energia

Não há como utilizar seu potencial se você for uma pessoa pessimista, desorganizada, estressada, que não pratica nenhuma atividade física e que não tem uma boa alimentação. Para manter a produtividade sempre em alta, cuide de seu corpo e de sua mente. Só assim você terá muito mais disposição para dar o melhor de si.

7 – Aprenda sempre

Você tem a chance de aprender coisas novas diariamente. Aproveite, pergunte, fique perto das pessoas que você perceber que podem ter coisas a ensinar. Não desperdice nenhuma oportunidade para estudar, ler novos livros e fazer cursos e treinamentos.
 

8 – Faça multiplicadores

Sempre que puder, compartilhe seu conhecimento e ensine aos outros que compartilhar é tornar possível o sucesso de todos. Não entre em competições. Todos têm seu espaço para conquistar. Conquiste o seu e reconheça o do próximo.
 

9 – Exercite o pensamento positivo

Diariamente, ao despertar, tenha pensamentos positivos, algo como "hoje, apesar de tudo, eu serei feliz" ou "a criatividade sempre pode me ajudar a resolver problemas". Os pensamentos que temos nos primeiros minutos do dia determinam a qualidade de 80% do restante daquele dia. Com essas atitudes simples, você poderá terminar o dia satisfeito por ter cumprido seus objetivos da melhor forma possível.
 

10 – Seja ético

Em qualquer situação, aja com honestidade, transparência e lisura. Assim, não há como o resultado ser negativo. Aplique as dicas em seu dia a dia e boa sorte.


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Sábio é aquele que ouve, não aquele que fala



Por Renato Grinberg*
Você ouve o que as pessoas dizem ou faz parte do grupo que fala tão desenfreadamente que mal tem tempo para se preocupar com o que os outros falam? Se sua resposta é “falo mais do que ouço”, você precisa rever seus conceitos e começar a desenvolver uma das habilidades mais essenciais para se viver em sociedade: saber ouvir. Sim, ouvir é um desafio diário e uma habilidade que precisa ser desenvolvida. Muitas vezes estamos tão concentrados no que dizemos ou pensamos que não conseguimos prestar atenção nas respostas ou colocações do receptor da nossa mensagem. Mas, afinal, por que ouvir? Para atender melhor as necessidades dos outros e até para poder criar e inovar. No ambiente corporativo, ouvir ajuda a motivar a equipe e elevar o nível de satisfação dos clientes.
De acordo com um estudo publicado recentemente na Harvard Business Review, as pessoas, de um modo geral, consideram mais importante aquilo que estão falando do que aquilo que ouvem e mais ainda: elas acreditam que o que dizem tem prioridade sobre aquilo que ouvem. Ouvir com qualidade e atenção, portanto, pode fazer diferença no ambiente corporativo e impactar diretamente na produtividade dos funcionários e na lucratividade da empresa. Além disso, saber ouvir é uma das muitas competências que mais se exige de um líder: aquele que antevê necessidades ou oportunidades deve se assegurar, por meio do feedback dos seus “liderados”, que sua visão tenha sido corretamente interpretada, por exemplo. Já que essa é uma habilidade fundamental destaco seis passos que podem ajudar a desenvolver essa competência:
1. Concentre-se no que os outros dizem. A maioria das pessoas fala entre 175 a 200 palavras por minuto e somos capazes de ouvir e processar entre 600 a 1.000 palavras por minuto. Como nossa capacidade de ouvir é muito maior do que a de falar, temos a tendência a dispersar quando estamos ouvindo alguém. Por isso, se não estivermos absolutamente concentrados há um grande risco de não interpretar corretamente a informação.
2. Evite fazer uma avaliação precipitada. Ao ouvir, muitas vezes fazemos julgamentos imediatos sobre o que o orador está dizendo. Essa tendência é talvez a maior barreira para se ouvir eficientemente. Quando não entendemos a mensagem ou parte dela, freqüentemente  distorcemos o significado do que está sendo dito para adaptá-lo a algo que faça sentido para nós.
3. Evite ficar na defensiva. Muitas vezes, ao ouvir algo que discordamos, acabamos levando aquele discurso para o lado pessoal e nos irritamos. A dica nesse caso é que, depois de ouvir uma posição ou sugestão com a qual você não concorda, vença seu ímpeto de interromper a pessoa que está falando. Ouça até o final da mensagem e só então faça seus comentários. Uma boa dica é começar dizendo “entendo seu ponto, mas…” Ouvintes eficazes são capazes de escutar calmamente mesmo quando estão sendo criticados.
4.  Preste atenção na linguagem não verbal. Ao ouvir, é importante levar em consideração a forma que o conteúdo é dito. Uma pessoa olhando para baixo enquanto fala, por exemplo, pode estar envergonhada ou tímida. Aqueles que fazem contato com os olhos e inclinam para frente podem exibir confiança. Estar atento a esses sinais ajuda a ouvir com qualidade e entender melhor o contexto em que a informação está sendo passada. Também é importante que você demonstre atenção por meio da linguagem não verbal, como concordar com a cabeça. A sua linguagem corporal deve refletir a mensagem ouvida. A maioria dos especialistas concorda que mensagens não verbais podem ser três vezes mais poderosas que as verbais;
5. Faça perguntas. Ouvintes eficazes fazem perguntas para esclarecer pontos ou obter informações adicionais. As perguntas abertas são as melhores. Quanto mais informação você tiver, mais fácil compreender o que está sendo dito.
6. Procure parafrasear. Colocar em suas próprias palavras o que você pensou que ouviu e repetir de outra forma é parafrasear. Essa técnica é fundamental, pois a resposta parafraseada esclarece para o remetente que sua mensagem foi recebida corretamente.
*Renato Grinberg é diretor-geral da Trabalhando.com Brasil

Fonte:http://www.abrhnacional.org.br


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terça-feira, 5 de julho de 2011

OPORTUNIDADES PARA EMPRESA DE GRANDE PORTE



 Se você tem interesse ou conheça alguém com o perfil profissional abaixo, favor encaminhar o currículo para: Gislaine - recrutamento@executiverh.com.br com o título ou código da vaga de interesse:

Coordenador(a) de Desenvolvimento Organizacional
31366 - Remuneração a combinar + Unimed, Plano Odontológico, Seguro de Vida, Plano de Previdência Privada, Alimentação, Ônibus Fretado, Vale Transporte. Experiência em Administração de Recursos Humanos, Conhecimento em Legislação Trabalhista e Previdênciaria, Processos Trabalhistas. Possuir avançados conhecimentos dos processos de desenvolvimento organizacional. Curso Superior Completo em Ciências Contábeis, Administração ou Recursos Humanos.    
Possuir Excel Avançado e desejável idioma inglês avançado. 
Coordenador(a) de Processos de Finanças (Controladoria e Contábeis)
31360 - Remuneração a combinar + Unimed, Plano Odontológico, Seguro de Vida, Plano de Previdência Privada, Alimentação, Ônibus Fretado, Vale Transporte. Superior Completo em Ciências Contábeis.  Conhecimento dos Princípios Contábeis, Contas, Plano de Contas, Escrituração, Lançamento, Balancete de Verificação, Apuração do Resultado do Exercício, Demontrações Contábeis, Reportes Financeiros e Gerenciais, conhecer as Obrigações Acessórias. Conhecimentos em Controles Sarbox e USGASSP.
Possuir Excel Avançado, Word e Power Point intermediário. Idioma: Inglês fluente.
Coordenador(a) de Processos de Finanças (Contas a Receber)
31359 - Remuneração a combinar + Unimed, Plano Odontológico, Seguro de Vida, Plano de Previdência Privada, Alimentação, Ônibus Fretado, Vale Transporte. Superior Completo (Ciências Contábeis, Economia ou Administração). Possuir sólidos conhecimentos técnicos dos Processos de Contas a Receber. Conhecimentos Contábeis,  Conhecimentos básicos fiscais. Experiência com auditorias, principalmente Sarbox. Experiência e definição de metas, motivação de times para atingimento de metas (KPIS). Conhecimento Excel Avançado, Word e Power Point intermediário, internet. Idioma: Inglês fluente. 
Coordenador(a) de Processos de Finanças (Fiscal)
31356 - Remuneração a combinar + Unimed, Plano Odontológico, Seguro de Vida, Plano de Previdência Privada, Alimentação, Ônibus Fretado, Vale Transporte. Sólidos conhecimentos na área fiscal tais como apuração de impostos, Análise de legislações, Orientação a implantação e validação de novas versões de sistemas fiscais. Conhecimento em partidas contábeis, Revisão e aprovação dos manuais e procedimentos da área. Aprovação dos relatórios das consolidações contábeis. Profundo conhecimento de sistemas de escrituração fiscal e validação de arquivos. Possuir Excel Avançado e o idioma Inglês fluente. 
Coordenador(a) de Processos de Compras 
31361 - Remuneração a combinar  + Unimed, Plano Odontológico, Seguro de Vida, Plano de Previdência Privada, Alimentação, Ônibus Fretado, Vale Transporte. Experiência: Forte conhecimento
de compras estratégicas e táticas, conhecimento básico de princípios contábeis e fiscal, noções dos diversos tipos de contratos de compra. Curso Superior Completo em Administração de Empresas (áreas afins) ou Comércio Exterior. Possuir Excel Avançado - Idioma(s): Inglês e Espanhol avançado.

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Empatia e processos de desligamento


Desligamento. Um assunto como esse, certamente, já foi tratado por muitos de nós, várias vezes, e sempre deverá ser relembrado e discutido, para que possamos buscar caminhos mais saudáveis para a resolução dos casos que acontecem todos os dias. Algo que tem um impacto em todos os envolvidos, desde o gestor até o desligado (claro), mas que passa pelas equipes e até pode afetar o clima de uma empresa, caso seja mal conduzido.

Assisti recentemente ao filme "Amor sem Escalas" (título original "Up in the Air"). Confesso que resisti bravamente ao filme em função do título, por imaginar que se tratava de comédia romântica com clichês habituais e um final previsível. Nada disso. O filme permitiu-me pensar sobre como estabelecemos relações com as outras pessoas em nossas vidas, seja no trabalho ou fora dele, e o quanto podemos afetar o destino (seria isso?) de outras pessoas. E ainda, sobre como podemos alterar o nosso caminho (e até onde é realmente possível)...

"Up in the Air" traz a história de um homem cujo trabalho é viajar de empresa em empresa, prestando um tipo de serviço diferenciado no campo da Gestão de Pessoas. Sua empresa é especialista em desligar funcionários de clientes que não desejam fazer isso por conta própria - em casos de reestruturações, demissões em massa ou por qualquer outro motivo, todos relacionados à crise econômica que afeta o país na época. Então, uma empresa contrata seus serviços e o protagonista vai até o escritório do cliente, demite as pessoas indicadas utilizando um script previamente aprovado, que traz a missão de mostrar aquele momento ao funcionário como sendo o de uma grande oportunidade de mudança.
Vale lembrar que ele nunca viu o funcionário, não conhece sua história, sua trajetória na organização. O tom é frio, embora em alguns momentos pareça que o protagonista é tocado por certas situações e haja um esboço de sensibilidade. Mas tudo é feito de forma automática e impessoal. Ele chega, demite e vai embora para o aeroporto, aonde embarca em um voo para qualquer lugar para realizar a mesma rotina. E passa uma boa parte da vida voando de um lugar ao outro realizando tal tarefa. Empatia não é uma competência valorizada nessa jornada. Ao contrário, a capacidade de distanciamento e a "neutralidade" é o fator fundamental para conduzir o trabalho dentro dos padrões aprovados pela empresa. O que acontece aos desligados pouco importa.

A trama fica mais complexa quando nosso "heroi" (?) descobre que a empresa passará a fazer este trabalho através da internet. Entra em cena uma colega de trabalho com um projeto no qual qualquer pessoa pode ser demitida no mundo sem que o consultor tenha de sair de seu escritório, na matriz, e os comunicados acontecem em tempo real, pelo computador. O script é semelhante ao anterior, e é ainda mais frio, como um manual que deve ser seguido à risca, como receita de bolo. A jovem, usando de uma suposta sabedoria acadêmica, utiliza seus títulos para justificar o provável sucesso do método.
O protagonista, assustado com a possibilidade de perda do próprio emprego, e talvez realmente preocupado com novo método, aparenta indignação e decide mostrar à colega e ao seu líder o que acontece ao vivo, com o consultor ao lado do demitido e todas as variáveis possíveis. Dali em diante, os dois seguem para diversos destinos conduzindo desligamentos no modelo antigo e testam o modelo novo, via internet. Pela primeira vez ele assume uma postura mais humana. Sabe que, em breve, o mesmo processo pode acontecer com ele. O que vemos aí é uma sucessão de situações tristes, embaraçosas para ambos e muito sofridas para os demitidos.

E é nesse momento que me peguei refletindo sobre os processos de desligamento de que participei, acompanhando como uma consultora interna, ou quando precisei desligar alguém de minha equipe. São conversas sempre muito delicadas, por mais experiência que tenhamos, por mais títulos obtidos ao longo dos anos, e por mais necessário que seja tomar aquela ação. Desde a preparação do gestor que realizará o comunicado até a entrevista de desligamento, há certos cuidados dos quais não podemos abrir mão.

Não existe modelo infalível de reunião, muito menos para esse tipo de assunto. E nunca será fácil, a menos que o outro já espere e deseje o comunicado. Mas, se pensarmos em alguns pontos básicos, é possível enfrentar este momento de uma maneira mais saudável e respeitosa com todos. Abaixo, cito alguns que normalmente são utilizados pelos profissionais de RH de diversas empresas para orientar os gestores de equipe.

1. Antes de decidir pelo desligamento, reflita se é realmente necessário ou se seria possível transferi-lo para outra área ou posição. Muitas vezes essa saída pode trazer resultados excelentes para a empresa, além de evitar os custos de demissão, de uma nova contratação, adaptação e treinamento do novo colaborador, entre outros.
2. Uma vez tomada a decisão, converse com o RH sobre suas expectativas do comunicado: sua experiência nesses processos, sua relação com o colaborador, o momento em que ele está vivendo e sua provável reação, e como será conduzida a conversa. Não é uma questão de dramatizar o momento, mas de precaução para tentar prever situações complexas e saber como lidar com elas - sem perder a humanidade.
3. Lembre-se que o sigilo é fundamental. Se tiver que compartilhar a informação do desligamento com alguém da empresa, tenha certeza de que é imprescindível. Caso não seja, descarte a ideia.
4. Tenha claro que, embora o RH possa apoiá-lo neste momento, a responsabilidade pelo comunicado ao colaborador é do gestor imediato, que acompanhou seu desenvolvimento na empresa, ou é o líder mais próximo na hierarquia. Cabe a quem conduz a reunião ser respeitoso, levar as informações necessárias, usar de empatia e manter o controle da conversa. Isso significa respeitar o tempo do outro para absorver as informações, não prolongar desnecessariamente a reunião, nem fazer uma conversa relâmpago. Sensibilidade é palavra de ordem para entender o tempo necessário e a qualidade da reunião.
5. Prepare o local em que será realizado o comunicado. Dê preferência a um lugar reservado e próximo ao toilette - pois o colaborador pode ficar emocionado e precisar lavar o rosto, por exemplo, bem como longe de possíveis olhares curiosos - salas do tipo aquário não são adequadas, pois sempre haverá um rosto no vidro tentando descobrir o que aconteceu. Não é por maldade, mas provavelmente uma curiosidade natural.
6. Se for possível, faça o comunicado no início do dia. Você já sabe que o colaborador será desligado naquela data e prolongar isso é desnecessário, e se alguma emergência acontecer, você pode acabar não conseguindo fazer a reunião, ou fazendo com pressa. No início do dia, o colaborador terá mais tempo para organizar o espaço que ocupava, além de poder despedir-se das pessoas sem correrias, passar as pendências para quem de direito etc.
7. Seja sempre cordial e lembre que, caso o desligado fique irritado ou agressivo com você, em geral, não é pessoal. Você representa a empresa que o demitiu. Ele está reagindo da forma que pode a uma situação inesperada e que traz impactos, às vezes, muito sérios para sua vida. Demonstre empatia e ouça, deixando claro que o compreende, e explique de forma clara e objetiva as razões do desligamento. Não se esqueça de agradecer pelo tempo em que ele se dedicou à empresa.
8. Choros não são raros, e nem todos sabemos lidar com isso. Se acontecer com você, dê este tempo à pessoa, e se possível pegue um copo de água, lenços de papel, e ouça o que ela tem a dizer. Essa forma de desabafo, às vezes, é necessária, e cabe a quem conduz a reunião ouvir e respeitar esse espaço. Se perceber que saiu do controle, ou que a pessoa não está passando muito bem, peça apoio ao Setor Médico ou ao departamento RH. Vale conhecer o histórico de saúde com antecedência, para evitar maiores problemas. Se for o caso, um especialista de saúde pode aguardar do lado de fora da sala, para qualquer eventualidade.
9. Tenha paciência e se lembre que, por mais que esta situação seja desconfortável para você, é pior para ele. Procure não ressaltar o quanto é difícil para você. Dependendo de sua relação com ele, pode soar falso e irritar o colaborador. Se for genuíno e tiverem uma boa relação, tudo bem, mas procure manter a calma.
10. Oriente-o sobre seus direitos, assim como o que poderá fazer ao sair da reunião: se for possível enviar emails de despedida, ficar até o final do dia caso queira, ou sair logo após a reunião, arrumar suas coisas e ir embora, assim como comparecer ao Departamento Pessoal e a quem procurar. Explique claramente, e tenha certeza de que a pessoa conseguiu compreender, pois é comum que o colaborador desligado não ouça muitas coisas após o comunicado, devido ao choque gerado pela informação.
11. Se você ou a empresa puderem apoiar a recolocação, indicando-o para outros lugares, através de contatos ou de outros profissionais de RHs, ou se haverá algum pacote de benefícios temporário, informe como será feito, mas jamais prometa o que não puder fazer.
12. E por fim, se seu RH fizer entrevistas de desligamento, estimule-o a participar. A entrevista de desligamento é uma ferramenta em que o profissional desligado pode compartilhar suas observações sobre a empresa e ajudar a criar um lugar melhor para os colegas que permanecem. E no futuro, pode ser que ele retorne...
13. Uma vez finalizado o procedimento, após a saída do colaborador, converse com sua equipe, para que as pessoas compreendam o que houve e não criem fantasias a respeito do desempenho deste ou da própria equipe. Isso minimiza os efeitos da temida "rádio-corredor" e demonstra respeito por alguém que ajudou a construir a história da empresa por um período.

Ao final, lembre-se que você é tão humano quanto a pessoa que foi embora, e que essa experiência também pode ser desgastante por remeter a fantasias de como será quando chegar a sua vez. Ao sofrermos pelo outro também estamos sofrendo por nós, projetando ali o que pode nos acontecer no futuro. Por diversas vezes vi gestores mais tensos pelo desligamento que o próprio colaborador. Isso não é incomum. Se precisar, peça apoio ao RH.

Claro que estas são algumas ideias apenas para apoiar a conversa. Lembrando o filme de referência no início do texto, não existe script que dê conta do que pode acontecer. Pode ser que você faça tudo que foi citado acima e mais um pouco e, ainda assim o resultado não seja o esperado. Mas uma coisa é certa: se nos organizarmos um pouco e nos dispusermos a fazer uso da empatia para que nossa fala seja a mais adequada possível dentro da situação que se apresentar, é provável que todos saiam ganhando algo. No mínimo, para o colaborador, o respeito que qualquer pessoa merece neste momento, e, para você, a sensação de dever cumprido.

Fonte:http://www.rh.com.br/Portal/Relacao_Trabalhista/Artigo/7261/empatia-e-processos-de-desligamento.html

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